domingo, 6 de março de 2011

NOSSAS ANCESTRAIS


Algumas civilizações antigas, pré cristãs, como a suméria, a egípcia e a celta, as mulheres eram respeitadas e o princípio feminino não era temido e sim reverenciado.
Os pagãos acreditavam que os processos bilógicos  são processos espirituais, e que existe uma intenção e significado divinos em todo evento natural.
Como participantes no drama corrente de criação, os nossos ancestrais acreditavam que os grandes mistérios da vida eram os mistérios de transformação; como as coisas se convertem em outras coisas, como as coisas crescem, morrem e renascem. Talvez em nenhuma parte eles viram, em toda sua experiência, esse eventos processarem-se de um modo mais pessoal e mais íntimo do que nas transformações da mulher. A capacidade de conceber uma nova vida humana, dar à luz, produzir leite e sangrar com as fases da lua, inspirava temor e reverência.
A centralidade da mulher na vida da comunidade não podia ser negada.
As mais antigas obras de arte que representam figuras humanas são de mães. Datando de 35.000 a 10.000 anos antes da era cristã, e descobertas por toda a Europa e África. Essa estatuetas de “Vênus”, como foram chamadas pelos arqueólogos, mostram a maternidade e a maturidade da natureza feminina. Esculpidas em osso, marfim e pedra, ou moldadas em barro, essas pequenas estatuetas, com grandes ventres, seios repletos e poderosas coxas, não eram simplesmente a arte erótica do tempo; por suas posições em lugares sagrados e em sepulturas, tais estatuetas representavam algo sagrado.
Na época em que as sociedades célticas começaram a ser documentadas na história, Estados patriarcais hostis tinham surgido em torno delas, sendo o Império Romano o mais poderoso deles. Entre os celtas as monarquias hereditárias eram matrilineares. As mulheres serviam como advogadas, juízas, filósofas, médicas, professoras e poetas. Originalmente o sacerdócio era todo feminino; mais tarde foram admitidos os homens, o saber druídico eram transmitidos oralmente, e por conseguinte, não existem relatos escritos de seus ensinamentos.

Fonte de pesquisa: O Poder da Bruxa -
A Terra, a Lua e o Caminho Mágico Feminino - Laurie Cabot
Vênus de Willefort - Paleolítico -
Museu de História Natural, Viena.

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